Começamos destacando a elevada incidência dessas patologias. A Enxaqueca ou Migrânea com certeza está entre as disfunções otoneurológicas mais frequentes em nosso meio.

A "Labirintite" se iguala também a ela, se considerarmos a elevada taxa de diagnósticos equivocados e precipitados aos quais os pacientes estão sujeitos. Na realidade, a Labirintite verdadeira é uma condição rara e diz respeito à uma inflamação do Labirinto (expressa pelo sufixo - ite). Mesmo os profissionais "não médicos" sabem que uma infecção (na maioria das vezes) é tratada com antibióticos. Se a maioria dos pacientes com Tontura realmente apresentassem Labirintite, o principal tratamento (medicamentoso) seria pautado nesse tipo de medicação.

Mas vamos voltar à Enxaqueca. Ela é caracterizada por sintomas como: cefaléia, fotofobia, escotomas visuais, hipersensibilidade à sons , cheiros e estímulos visuais. As tonturas (geralmente vertigem), podem durar segundos, minutos ou horas e podem se apresentar com caráter espontâneo ou posicional. O paciente pode apresentar zumbido, plenitude aural ou até mesmo perda auditiva.

Em geral, essa patologia apresenta fases começando na infância com o Torcicolo Paroxístico Benigno, Vertigem Paroxística Benigna da Infância, Tontura e/ou enjôo do movimento até chegar ao sintomas típicos.

Algumas características podem ser encontradas no Exame Otoneurológico como: Hiperreflexia pós-calórica, Hipofunção calórica ou no teste de impulso cefálico, sensibilidade optocinética e vertigem posicional.

Neurofisiológicamente, estudos atuais a relacionam com o Neurotransmissor Serotonina e a liberação de Neuropeptídeos no SNC.

As últimas publicações referentes ao tema, a conceituam como "uma distorção da percepção sensorial" caracterizada como um estado geral de HIPERSENSIBILIDADE.

Tratamento:

Pode ser profilático ou sintomático, com medicações específicas, dieta direcionada, identificação dos gatilhos intrínsecos e extrínsecos, adequação do sono e Reabilitação Vestibular.

Fiquemos atentos!!