A Otoneurologia atual vive um momento de grandes avanços em todo o mundo. Com a chegada de novas tecnologias, nos deparamos com formas e métodos inovadores para explorar o sistema vestibular.
Em termos de avaliação, hoje já falamos sobre tonotopia vestibular, exames de baixa e alta freqüência, testes de função otolítica, análise diferenciada dos ramos do nervo vestibular, entre outros conceitos atuais.
Mas o que seria isso? Tonotopia Vestibular refere-se à capacidade do sistema vestibular em responder a diferentes freqüências de estímulo e isso pode ser examinado por diferentes métodos. Por exemplo: Testar o RVO somente em baixas freqüências (como na prova calórica) seria como estabelecer os limiares tonais somente em 250 e 500Hz. É preciso expandir para outras freqüências, utilizando Provas Rotatórias ou de Agitação Cefálica para região média e teste de Impulso Cefálico (HIT) para altas frequências.
A maioria dos testes que tínhamos até então, se concentravam na análise do CSC lateral, consequentemente do nervo vestibular superior. Com os novos métodos, podemos avaliar cada “compartimento” labiríntico para obter um topodiagnóstico. Para isso contamos hoje com video Head Impulse Test (vHIT) avaliando todos os Canais Semicirculares e o VEMP cervical e ocular avaliando Sáculo e Utrículo.
A tendência atual é uma Otoneurologia que se afasta das rotulações com “classificações sindrômicas” e se aproxima de uma avaliação descritiva e com maior entendimento anatomofisiopatológico. Sendo assim, cada vez mais é exigida capacitação e aprofundamento dos profissionais envolvidos no diagnóstico e tratamento dos pacientes com distúrbio do equilíbrio corporal.