ZUMBIDO
Pode ser definido como um sintoma relacionado à percepção consciente de uma sensação auditiva na ausência de estímulos sonoros externos. É um sintoma otológico prevalente, que pode ter graves consequências físicas e emocionais.
O zumbido pode ser causado por fatores que se encontram fora do ouvido interno, o que é comumente chamado de “zumbido secundário”. Quando está associado a uma perda auditiva neurossensorial simétrica e não existe uma causa conhecida (idiopático), é chamado então de “zumbido primário”.
Por ser um sintoma, esta manifestação merece uma investigação multidisciplinar envolvendo o Otorrinolaringologista e Fonoaudiólogo. Dependendo da hipótese diagnóstica, deve ser solicitada a avaliação de outros profissionais, como um Fisioterapeuta, Neurologista, Psiquiatra ou Endocrinologista.
Existem muitas opções terapêuticas para aliviar o zumbido ou, até mesmo, chegar a remissão do sintoma. Sim, é possível tratá-lo! E isto estará vinculado a causa e investigação prévia.
Em nosso serviço localizado no Rio de Janeiro, dispomos de recursos que possuem evidências científicas promissoras para o tratamento do zumbido, como a terapia sonora por meio da TRT (Terapia de Retreinamento do Zumbido). Além disso, dispomos de alguns recursos tecnológicos. São eles:
ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA (tDCS):
É uma técnica de neuromodulação não-invasiva e indolor que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua de baixa intensidade (de 1 a 2 mA) ao córtex cerebral (imagem 1). O objetivo é mudar o padrão cerebral alterado que está associado ao zumbido crônico e promover uma menor percepção do sintoma. Alguns estudos ao redor do mundo já demonstraram efeitos extremamente positivos com a tDCS.
No estudo publicado por pesquisadores brasileiros em 2020, foi possível reduzir o incômodo do zumbido em torno de 50% utilizando a tDCS em 5 dias consecutivos (Souza et al., 2020).
FOTOBIOMODULAÇÃO:
É a técnica que utiliza a luz (LASER ou LED) de modo criteriosamente preciso e calculado para obter efeito terapêutico em tratamentos de reabilitação (imagem 2). Também é indolor e seguro (com mais de 60 anos de pesquisa em revistas científicas renomadas). Isto ocorre devido a sua interação com alguns elementos das células, chegando a efeitos como: proliferação celular, regularização dos níveis de ATP, melhora da oxigenação local, modulação da atividade cerebral e de neurônios.
Em diversos estudos controlados por placebo, foi possível obter alívio importante do sintoma após algumas semanas de tratamento (Gungor et al., 2007; Demirkol et al., 2017).