O Teste de Romberg é realizado durante o exame Otoneurológico e, inicialmente foi descrito para avaliar a integridade das colunas dorsais da medula espinhal.
Na verdade o Romberg Simples (como também é chamado) é um teste de integridade somatossensorial. Isso porque a principal informação necessária para que o paciente se mantenha estável e sem oscilações na posição ereta é a proprioceptiva (somatossensorial).
Conhecendo as bases neurofisiológicas:
A propriocepção é uma sensação profunda que surge a partir dos músculos, ligamentos, tendões e articulações. Estes respondem primariamente à pressão, tensão e alongamento. Os Impulsos destes receptores são realizadas por grandes fibras mielinizadas. Os corpos celulares destes neurónios estão situados no gânglio da raiz dorsal. As fibras nervosas que transportam esses impulsos viajam pela medula, passando pela ponte, mesencéfalo, tálamo até chegar no córtex parietal.
Explicação para o "Romberg Positivo":
Uma propriocepção prejudicada pode ser superada pelo feedback visual e vestibular. No entanto, reduzindo o "input" visual nos ambientes escuros ou devido ao fechamento dos olhos, podemos provocar desequilíbrio no paciente. Pedir para fechar os olhos durante o teste do Romberg, ajuda a descobrir se a propriocepção alterada pode ter sido mascarada pela visão.
O teste é considerado positivo quando o paciente apresenta oscilação ou queda ao fechar os olhos, ou piora do desequilíbrio já existente de olhos abertos.
No entanto, fiquemos atentos!
Na alteração somatossensorial, o balanço começa assim que os olhos estão fechados, ocorre em todas as direções, e é rápido. Nos distúrbios labirínticos, o desequilíbrio surge após um intervalo, consiste de uma inclinação lateral lenta do corpo, é de pequena amplitude, sempre no mesmo sentido e pode variar com a posição da cabeça. Uma ataxia que está presente com os olhos abertos, sem crise vertiginosa, é sugestiva de etiologia cerebelar.